terça-feira, 5 de dezembro de 2023

APLB-Sindicato Zonal do Ouro realiza Assembleia para tratar sobre o Reordenamento da Rede de Ensino de Jacobina-BA

 



Na última sexta-feira, 01, a APLB-Sindicato Delegacia Zonal do Ouro – Jacobina promoveu, no auditório do próprio Sindicato, o encontro entre a Secretaria da Educação e Cultura e os(as) Profissionais do Magistério que atuam na Educação Infantil e nas Séries Iniciais da rede de ensino público municipal.

A professora e diretora da APLB-Sindicato, Maria da Glória, recepcionou os(as) servidores(as) do magistério municipal destacando a finalidade e necessidade de a gestão municipal garantir determinação da lei federal 11.738/08, concedendo a carga horária para planejamento aos professores de todos os segmentos de ensino. Em seguida, passou a palavra ao professor e Vice-diretor, Robson Lima, o qual também avaliou o momento como de grande importância para permitir aos (às) Profissionais do Magistério da Educação Infantil e Séries Iniciais ampliar conhecimento acerca do processo de reordenamento, uma vez que o mesmo já foi debatido em uma outra fase, e que também é de fundamental importância o diálogo direto dos(as) professores(as) com a Secretaria Municipal da Educação e Cultura, a quem cabe executar o processo, tendo a APLB-Sindicato apenas como fiscalizadora do mesmo. Ainda pela diretoria, a professora Daniela Lima reforçou a vigilância exercida pelo sindicato, através da atuação de seus membros, sempre com a preocupação de zelar pela lisura do processo.

 Mediada pela Diretoria da APLB, a reunião teve como principal objetivo oportunizar o debate do grupo de docentes com a Comissão de Reordenamento sobre a implementação da reserva técnica para professores e professoras dos segmentos supra, mediante destinação de 2/3 da carga horária do(a) professor(a) para atividades de planejamento e interação com a comunidade escolar, a fim de alcançar pleno êxito na realização deste anseio antigo de trabalhadores e trabalhadoras em educação, que é também um dos itens de valorização da carreira do magistério, bem como uma das condições primordiais para a qualidade do ensino, alívio dos impactos físicos e psicoemocionais dos (as) professores(as), cujos benefícios são legitimados pela Lei Federal nº 11.738/08.

Para tanto, o espaço foi cedido à Comissão de Reordenamento, formada pela Secretaria Municipal da Educação e Cultura, com designação do professor, mestre, dirigente sindical e técnico responsável, Gilvando Oliveira, representantes da SMEC, professora Daniela Nunes, da Diretoria do Financeiro, professor Kleber Vasconcelos, da Diretoria de Ensino e Apoio Pedagógico, representante do Conselho Municipal de Educação, professora Luciana Santana, membros da APLB Zonal do Ouro, professora Daniela Lima e o professor e vice-diretor da APLB, Robson Lima.

O professor Gilvando fez breve explanação contextualizando  as fases de implementação do Piso Salarial Nacional do Magistério, ocorrido após promulgação da Lei Federal 11.738/2008, e que também instituiu a reserva técnica aos profissionais do magistério, destacando que, à época, os coeficientes do reajuste foram aplicados a professores e professoras que, em maioria, possuíam apenas a formação inicial, em nível médio, obtida nos cursos de Magistério, e que, posteriormente, esse cenário vai sendo modificado com a crescente qualificação destes(as) profissionais em cursos de Graduação e pós-graduações, bem como por realização de cursos de aprimoramento na função e demais avanços de carreira.

Assim, o professor conclui que, em dada medida, é razoável considerar as dificuldades que os entes públicos municipais têm sustentado como obstáculos para conceder o piso de forma integral e promover os avanços de carreira aos(às) profissionais do magistério não apenas em Jacobina, mas em diversos municípios do país.

Por outro lado, o professor Gilvando destacou a ascendência nos repasses constitucionais ao longo dos anos, bem como a necessidade de os municípios adotarem medidas administrativas que levem ao ajustamento de suas receitas e despesas, a fim de que as condições se tornem favoráveis à garantia de piso e carreira aos(às) profissionais do magistério, assim como para promover valorização aos demais profissionais da educação.

Por isto, explica o professor e líder da Comissão, é necessário que o município realize o reordenamento de sua rede de ensino, como tem sido feito em diversos outros, no intuito de atingir a média de estudantes por turma definida pelo FNDE, que é de 20 a 22, reforçando que isto não significa o descumprimento da portaria de matrícula, tornando possível, assim, o equilíbrio financeiro necessário para suprir as despesas da educação, uma vez que é o valor destinado a cada estudante, atualmente, em R$ 5.212,09, que se constitui como base de cálculo para as transferências e repasses constitucionais ao Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica - FUNDEB.

O professor Gilvando Oliveira explicou a metodologia dos trabalhos que vêm sendo realizados pela Comissão desde o mês de maio do ano em curso. Projetando uma das tabelas como ilustração das propostas elaboradas para cada unidade escolar, o professor apresentou, com riqueza de detalhes, como era a composição das turmas e como estas ficarão após a execução dos ajustes, como será garantida a reserva técnica a todos(as) os(as) professores(as) da Educação infantil e Séries Iniciais, destacando, ainda, a igualdade na responsabilidade das professoras que assumirão a mesma turma com os processos de planejamento e acompanhamento às crianças. No entanto, deixou claro que as atribuições de profissionais auxiliares da educação infantil não se confundirão com as de regente de classe.

Membro da Comissão representando a Secretaria Municipal da Educação e Cultura, a professora e Diretora do Financeiro, Daniela Nunes, justificou que o reordenamento, apesar de ter sido iniciado já no mês de maio do ano em vigência, foi demonstrando diversos pontos a que a SMEC percebeu serem dignos de atenção, e que tudo o que tem sido construído pela Comissão até o momento aponta a possibilidade de iniciar a fase de execução do reordenamento da rede de ensino no início do ano 2024, quando haverá disposição de dados mais estáveis para todo o ano e a possibilidade de atuar com a rede em funcionamento pleno.

Também pela Comissão, o professor e Diretor de Ensino e Apoio Pedagógico, Kleber Vasconcelos, esforçou-se para explicar dúvida frequentemente localizada entre as professoras da Educação Infantil a respeito das Funções e atribuições de professores(as) que vêm sendo denominados(as) “P1” e “P2”, bem como sobre o expediente de cada um(a), considerando também a atuação do(a) Auxiliar de Sala, e o que fazer nas situações de ausências de profissional por longo período, com atestado médico, necessidade de reservar horário de almoço, entre outras.

No transcorrer das explanações, algumas professoras arguiram os membros da Comissão citados, questionando a eficácia das mudanças decorrentes do reordenamento – cujos efeitos sinalizam a necessidade de suspensão do “turnão” para professores e permanência de apenas um Profissional do Magistério e um Auxiliar Administrativo em cada sala – no tocante ao impacto financeiro. Tais questionamentos geraram um debate acalorado e, ao fim, ficou entendido que o processo não cuidará de dar prioridade ao que não se encontra com respaldo legal. Além disso, cada unidade de ensino terá o seu momento de envolvimento na proposta de organização de seu quadro funcional in loco, bem como caberá a cada unidade de trabalho propor a melhor organização de seus expedientes.

 

  

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