quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Atividades presenciais em Serrolândia expõe professores a Covid

 

    



    

Indo contra a recomendação da APLB Sindicato e dos órgãos de saúde, o município de Serrolândia determinou que os professores trabalhem presencialmente na escola.  Tudo começou no final de janeiro de 2021 quando ocorreram reuniões presenciais de pais e direção nas escolas de Serrolândia, dia 27 de janeiro os professores foram convocados para assistirem palestras presenciais nas escolas e tratar sobre o início das atividades escolares. E, desde então professores/as foram convocados a trabalhar presencialmente nas escolas, cumprindo a respectiva carga horária, utilizando os próprios recursos tecnológicos (celulares e notebooks), para realizarem aulas remotas, porém, da escola. A logística é complexa de entender, os professores vão à escola fazer aulas remotas. 

Segundo relato dos profissionais, apesar de existir o aviso de só ser permitido a entrada na escola de pessoas utilizando máscaras, muitos não cumprem os protocolos, são recebidos, pais e alunos para pegarem atividades xerocadas sem a devida utilização da máscara expondo todos ali presentes a grande risco. 

Outro problema é a internet fraca, uma vez que a mesma não tem a velocidade adequada para atender a todos que precisam trabalhar ao mesmo tempo, professores e Secretaria administrativa. Ainda assim diante desse cenário, houve até sugestões de convidar alguns alunos para irem a escola assistiram as aulas gravadas, pois, a maioria destes não possuem internet adequada para acompanhar as aulas. 

Para tentar manter o mínimo de segurança no trabalho presencial, nas escolas menores os professores preferem trabalhar no pátio e se juntam em círculo de cinco ou seis professores. Enquanto isso nem sempre tem porteiro nas escolas e qualquer pessoa pode adentrar os locais de trabalho dos profissionais sem os devidos cuidados de segurança e de proteção ao vírus. 

Em relação à jornada de trabalho, São quatro horas de trabalho por dia para cada 20 horas, é exigido dos professores de 12 a 14 horas semanais presencialmente, que são cumpridas na escola, no entanto, ainda se trabalha muito em casa para que o trabalho seja 100% realizado. Embora, tentem não ultrapassar o tempo de horas de trabalho em casa, muitos ultrapassam, uma vez que os mesmos não tiveram uma qualificação para trabalharem virtualmente, o que resulta mais tempo de trabalho, pois, além de prepararem as aulas, é necessário também pesquisar e aprender a trabalhar com mídias digitais, infelizmente eles não tiveram nenhuma orientação prévia ou devidos esclarecimentos nesse sentido. 

A rotina de trabalho é de preparar as aulas na escola, sob a supervisão da coordenação e da direção a seguir os professores atendem os alunos pela internet. Apesar, de os professores sugerirem trabalhar de casa, por aplicativos como Google Meet, o Zoom, whatsApp, já que a prefeitura não ofereceu nenhuma plataforma digital na escola, mas, o pedido foi negado. E, após algumas cobranças, a Secretaria de Educação se comprometeu a montar estúdio para que as aulas sejam gravadas com a câmera da escola. 

Sabemos, que a escola possui álcool em gel, pias com sabão, toalhas de papel, mas as pessoas que trabalham na limpeza, fazem o trabalho uma vez por dia! Não há uma manutenção da limpeza durante o dia. Há o dispositivo com álcool, porém, o tempo inteiro tem pessoas entrando na escola sem o devido uso da máscara. 

Há ainda o problema de deslocamento para pessoas de povoados ou outras cidades vizinhas. Os professores relataram que na tentativa de diminuir a exposição ao vírus no trajeto para o trabalho, solicitaram da prefeitura de Serrolândia por meio da direção da escola, um transporte que fizesse o trajeto intermunicipal, mas infelizmente, também foi negado. 

Portanto, é necessário que a Prefeitura de Serrolândia e a Secretaria de Educação deem uma satisfação, do porquê exigir que pessoas, desloquem-se de suas casas até a escola para fazer um trabalho que poderia, até mesmo por questão de segurança, ser feito em seus respectivos domicílios. A maioria dos professores de Serrolândia nunca se negou a trabalhar, porém, há uma indignação geral, sobre o fato de serem cobrados a cumprir a respectiva carga horária presencialmente na escola para realizar aulas remotas! Isso é desconexo e desgastante, a APLB está atenta e buscará meios de coibir práticas dessa natureza contra a vida de pais e mães de família. A nossa luta é pela vida e por maneiras de preservá-la. 




quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

APLB Jacobina realiza primeira Assembleia virtual do ano de 2021


 

A APLB Sindicato legítima representante dos trabalhadores em educação promoveu na tarde de ontem (03), a primeira Assembleia da categoria. Foi um encontro virtual que contou com a presença ativa de filiados/as, bem como, da Diretoria da instituição. Foi um momento importante para dialogar sobre a retomada das atividades laborais (calendário letivo), recursos tecnológicos para os docentes e também passar informes sobre agendamentos de reuniões com o prefeito. A reunião foi iniciada com uma citação do grande Milton Santos, sobre alienação, a educação vive tempos sombrios no nosso país e na nossa cidade temos que ouvir vereadores fazendo acusações infundadas contra o nosso sindicato, por isso, a importância de abrir o nosso encontro convidando todos/as a estarem vigilantes perante quem nos defende e quem nos ataca.

A pauta se encaminhou ressaltando pontos importantes do calendário letivo, citando o início das atividades laborais na próxima semana com a jornada pedagógica cujo tema será: “Em tempos do virtual, a emoção é real”, tendo seu início no dia 08 e término dia 12 de fevereiro, sendo que nos dias 08, 09 e 10 a Jornada será coletiva para a Rede e nos dias 11 e 12 será a Jornada intraescolar, com as respectivas equipes de cada unidade de ensino. Foi citado por alguns profissionais que algumas escolas estavam cogitando fazer a jornada presencial nas escolas. A APLB Sindicato se opõe a esta ideia, uma vez que a pandemia da Covid-19 está em uma onda ascendente na Bahia, portanto, nenhum profissional deve ser obrigado a se colocar em risco de contágio de um vírus mortal, participem virtualmente da Jornada Pedagógica de suas respectivas instituições, esta foi a nossa recomendação.

    Um dos pontos iniciais da reunião foi o a validação da carga horária de 2020, explicou-se que apesar de não ter havido nenhum documento obrigando a execução das aulas, o MP solicitou alguma ação em relação as aulas no período da pandemia, assim, foi sugerido, as atividades pedagógicas afim de manter o vínculo entre estudantes e escola, o que foi feito pela maioria dos profissionais do Munícipio de Jacobina, contudo, aqueles/as que não fizeram, não podem ser punidos/as porque não foi imposta uma obrigatoriedade no cumprimento dessas atividades no ano de 2020. Dessa maneira, a SEMEC em cumprimento a decreto municipal de 2020, validou a carga horária de 2020, dos meses de julho a dezembro e para cumprir o percentual de horas exigido por lei (800 horas), o ano letivo de 2020 terá continuidade até Abril de 2021, e o ano letivo de 2021 irá até janeiro de 2022. Esta foi a estratégia adotada no calendário para atender a demanda acumulada em decorrência da pandemia de Covid-19.

A reunião abordou ainda sobre o retorno das aulas presenciais, que está sendo prevista para o segundo semestre desse ano, lamentamos que alguns colegas sejam favoráveis ao retorno das aulas sem vacina, frisamos que conteúdo se repõe, porém, vidas não; e que não seria prudente investir em um retorno presencial nas unidades sem estrutura, sem os profissionais estarem devidamente imunizados, de acordo com anúncio do governador do Estado da Bahia, os profissionais da educação será o próximo grupo a ser vacinado. Assim, esperamos, porque não somos preguiçosos, como muitos alegam e queremos sim cumprir nossas obrigações empregatícias, contudo, isso deverá ser feito respeitando os padrões básicos de segurança.

    Ainda sobre calendário, a APLB apontou para o fato de termos recebido o mesmo contendo muitos sábados letivos e que a nossa sugestão seria substituição de dois sábados de junho, por dias que serão facultativos no período de Carnaval, uma vez que não será dado feriado na Bahia. Outro ponto da reunião foi como estamos mantendo o diálogo com a SEMEC em relação a dar aos profissionais acesso a recursos tecnológicos que facilitem esse novo sistema de aulas, como notebooks, ideia que a APLB já apresentou na SEMEC em reunião, uma vez que os professores citaram como alguns tem usado os próprios recursos tecnológicos para fazer as atividades acontecerem, outros profissionais não dispõe da estrutura mínima básica para estas atividades, falou-se também da dificuldade de adaptação a Plataforma SIGEM e afins.

Ademais, profissionais precisam de formação na área tecnológica para lidar com os novos desafios impostos pela época que vivemos. Mencionou-se também que vários alunos não tem acesso aos recursos básicos para participar das aulas.  Pontuou-se sobre Jacoprev, merenda de estudantes, pagamento de carga horária suplementar e férias integrais em janeiro, assim como as reuniões que promoveremos com a nova gestão municipal para dialogar sobre demandas urgentes da categoria. Por fim, alguns colegas se posicionaram em favor do Sindicato diante de algumas críticas descabidas que sofremos essa semana por parte de um vereador. Foi um excelente momento de interação e partilha, nosso trabalho continua e temos certeza que unidos/as venceremos estas adversidades com que nos deparamos. No mais, se cuidem, protejam os seus e acreditem que essa pandemia vai passar, façamos nossa parte. A APLB estará sempre atenta na defesa dos direitos da categoria.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Ações da APLB Sindicato no mês de janeiro junto a Prefeitura Municipal de Jacobina

  


    A APLB Sindicato, legítima representante dos trabalhadores em educação, está sempre na luta em defesa da categoria. No mês de Janeiro, estivemos em algumas reuniões com a secretária de educação debatendo demandas sobre calendário letivo e cumprimento de alguns pontos assinados na carta compromisso em momento prévio de campanha com os candidatos a prefeitura municipal. Estivemos também com o prefeito Tiago Dias, explicitando para ele pautas negligenciadas em outras gestões, tais como: Enquadramento, pagamento de carga horária suplementar e férias integrais para os servidores sem a estabilidade de 40 horas no mês de janeiro. Da reunião com o prefeito colhemos bons resultados para a categoria, uma vez que estes(as) servidores(as) previamente citados(as) receberam seus salários e férias integralmente no mês de janeiro. 

    A APLB acredita que a união e a participação da comissão que representa os professores, a coordenadora da COPEA, a secretária de educação e do diretor de recursos humanos da prefeitura, foi essencial para sensibilizar o prefeito Tiago Dias acerca de direitos que há muito vinham sendo negligenciados à categoria. Desse modo, a gestão municipal diante do diálogo estabelecido com os presentes na reunião, e do parecer jurídico apresentado pela APLB Sindicato, mostrou-se coerente em conferir o direito dos servidores assegurando o pagamento de férias integrais como previsto no §2º do artigo 35 da Lei 1.210/13,  bem como da carga horária suplementar aos servidores sem estabilidade de 40 horas no mês de janeiro. Diante disso, observamos avanços positivos na relação gestor/servidor e visualizamos perspectivas futuras promissoras, no que tange a pauta do enquadramento, uma vez que servidores e servidoras merecem também ter este direito assegurado. 

    O enquadramento (ampliação de carga horária), é um direito assegurado aos professores tanto pela lei nº 1.210/13 quanto pela lei nº 855/07; basicamente, o enquadramento é um concurso interno com professores/as, que já fazem parte do quadro efetivo a fim de assegurar a estes uma majoração na carga horária, saindo de 20 para 40 horas semanais, assim, os/as profissionais que já estejam trabalhando em vagas reais há 5 anos e que atendam aos critérios dispostos nos artigos 29 e 30 do Plano de carreira do município de Jacobina, estão aptos(as) a serem enquadrados. 

    Desde outubro de 2018, através da portaria nº 445, professores/as se candidataram para ocupar vagas reais informadas através da citada portaria, desde então, tanto a APLB quanto professores/as tem feito uma frente ativa para que este direito seja de fato assegurado. Após, alguns diálogos desgastantes e sem resultado prático com a gestão municipal anterior,  conseguimos dialogar com o atual gestor, que se mostrou receptivo e disposto a garantir este direito, caso se concretize, será a primeira vez desde a aprovação do plano de carreira em 2013 que um gestor concede o direito de enquadramento de modo transparente e democrático. 

    Esperamos que o canal do diálogo continue aberto e o que os direitos de servidores e servidoras continuem assegurados, e, que o prefeito Tiago Dias e sua equipe gestora da pasta da educação, inovem valorizando o maior ouro do município que são os(as) servidores(as). Os primeiros passos indicam sinais de uma relação positiva e mutuamente benéfica para ambos os lados. 


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