Indo contra a recomendação da APLB Sindicato e dos
órgãos de saúde, o município de Serrolândia determinou que os professores
trabalhem presencialmente na escola. Tudo começou no final de janeiro de
2021 quando ocorreram reuniões presenciais de pais e direção nas escolas de
Serrolândia, dia 27 de janeiro os professores foram convocados para assistirem
palestras presenciais nas escolas e tratar sobre o início das atividades
escolares. E, desde então professores/as foram convocados a trabalhar
presencialmente nas escolas, cumprindo a respectiva carga horária, utilizando
os próprios recursos tecnológicos (celulares e notebooks), para realizarem
aulas remotas, porém, da escola. A logística é complexa de entender, os
professores vão à escola fazer aulas remotas.
Segundo
relato dos profissionais, apesar de existir o aviso de só ser permitido a
entrada na escola de pessoas utilizando máscaras, muitos não cumprem os
protocolos, são recebidos, pais e alunos para pegarem atividades xerocadas sem
a devida utilização da máscara expondo todos ali presentes a grande
risco.
Outro
problema é a internet fraca, uma vez que a mesma não tem a velocidade adequada
para atender a todos que precisam trabalhar ao mesmo tempo, professores e
Secretaria administrativa. Ainda assim diante desse cenário, houve até
sugestões de convidar alguns alunos para irem a escola assistiram as aulas
gravadas, pois, a maioria destes não possuem internet adequada para acompanhar
as aulas.
Para
tentar manter o mínimo de segurança no trabalho presencial, nas escolas menores
os professores preferem trabalhar no pátio e se juntam em círculo de cinco ou
seis professores. Enquanto isso nem sempre tem porteiro nas escolas e qualquer
pessoa pode adentrar os locais de trabalho dos profissionais sem os devidos
cuidados de segurança e de proteção ao vírus.
Em
relação à jornada de trabalho, São quatro horas de trabalho por dia para cada
20 horas, é exigido dos professores de 12 a 14 horas semanais presencialmente,
que são cumpridas na escola, no entanto, ainda se trabalha muito em casa para
que o trabalho seja 100% realizado. Embora, tentem não ultrapassar o tempo de
horas de trabalho em casa, muitos ultrapassam, uma vez que os mesmos não
tiveram uma qualificação para trabalharem virtualmente, o que resulta mais
tempo de trabalho, pois, além de prepararem as aulas, é necessário também
pesquisar e aprender a trabalhar com mídias digitais, infelizmente eles não
tiveram nenhuma orientação prévia ou devidos esclarecimentos nesse
sentido.
A rotina
de trabalho é de preparar as aulas na escola, sob a supervisão da coordenação e
da direção a seguir os professores atendem os alunos pela internet. Apesar, de
os professores sugerirem trabalhar de casa, por aplicativos como Google Meet, o
Zoom, whatsApp, já que a prefeitura não ofereceu nenhuma plataforma digital na
escola, mas, o pedido foi negado. E, após algumas cobranças, a Secretaria de Educação
se comprometeu a montar estúdio para que as aulas sejam gravadas com a câmera
da escola.
Sabemos,
que a escola possui álcool em gel, pias com sabão, toalhas de papel, mas as
pessoas que trabalham na limpeza, fazem o trabalho uma vez por dia! Não há uma
manutenção da limpeza durante o dia. Há o dispositivo com álcool, porém, o
tempo inteiro tem pessoas entrando na escola sem o devido uso da máscara.
Há ainda
o problema de deslocamento para pessoas de povoados ou outras cidades vizinhas.
Os professores relataram que na tentativa de diminuir a exposição ao vírus no
trajeto para o trabalho, solicitaram da prefeitura de Serrolândia por meio da
direção da escola, um transporte que fizesse o trajeto intermunicipal, mas
infelizmente, também foi negado.
Portanto,
é necessário que a Prefeitura de Serrolândia e a Secretaria de Educação deem
uma satisfação, do porquê exigir que pessoas, desloquem-se de suas casas até a
escola para fazer um trabalho que poderia, até mesmo por questão de segurança,
ser feito em seus respectivos domicílios. A maioria dos professores de
Serrolândia nunca se negou a trabalhar, porém, há uma indignação geral, sobre o
fato de serem cobrados a cumprir a respectiva carga horária presencialmente na
escola para realizar aulas remotas! Isso é desconexo e desgastante, a APLB está
atenta e buscará meios de coibir práticas dessa natureza contra a vida de pais
e mães de família. A nossa luta é pela vida e por maneiras de
preservá-la.

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