Na última terça-feira, 23, aconteceu a última assembleia da série de três programadas para atender pautas específicas do pessoal aposentado, profissionais não docentes, ambas realizadas em 18/04, e servidores(a) do magistério da ativa, em 23/04. Foram debatidos alguns temas pontuais, como segurança financeira e valorização dos servidores não docentes, necessidade de equipamentos, ferramentas de trabalho e materiais de limpeza nas unidades de trabalho, situação financeira da Jacobina Previdência-JACOPREV, bem como seu Plano de Assistência à saúde dos(as) associados(as), temas comuns, como necessidade de engajamento político do sindicato e associados, através do projeto Mais Educação na Política, visando engajar pessoas de luta que defendem os interesses da educação em espaços políticos. Ainda, debateu-se sobre as ações judiciais da APLB-Sindicato para garantir direitos aos trabalhadores e trabalhadoras (devolução de valores do PIS/PASEP, ação de cobrança de pagamento em dobro do tempo de reserva técnica não concedida, ação de cobrança de "venda casada" na contratação de empréstimo consignado).
Nosso Sindicato dos trabalhadores em Educação do Estado da Bahia sabe que a força não está apenas em defender nossa palavra, mas sim nas ações da nossa luta coletiva. Nós sabemos que trabalhando juntos, podemos superar os desafios de forma muito mais eficiente, por isso que unimos forças e somos a APLB Delegacia Sindical Zonal do Ouro. Nosso núcleo regional engloba os municípios de Jacobina, Miguel Calmon, Mirangaba, Piritiba, Ourolândia, Serrolândia e Umburanas.
quinta-feira, 25 de abril de 2024
APLB promove ciclo de assembleias para debater pautas de interesse da classe trabalhadora
Na última terça-feira, 23, aconteceu a última assembleia da série de três programadas para atender pautas específicas do pessoal aposentado, profissionais não docentes, ambas realizadas em 18/04, e servidores(a) do magistério da ativa, em 23/04. Foram debatidos alguns temas pontuais, como segurança financeira e valorização dos servidores não docentes, necessidade de equipamentos, ferramentas de trabalho e materiais de limpeza nas unidades de trabalho, situação financeira da Jacobina Previdência-JACOPREV, bem como seu Plano de Assistência à saúde dos(as) associados(as), temas comuns, como necessidade de engajamento político do sindicato e associados, através do projeto Mais Educação na Política, visando engajar pessoas de luta que defendem os interesses da educação em espaços políticos. Ainda, debateu-se sobre as ações judiciais da APLB-Sindicato para garantir direitos aos trabalhadores e trabalhadoras (devolução de valores do PIS/PASEP, ação de cobrança de pagamento em dobro do tempo de reserva técnica não concedida, ação de cobrança de "venda casada" na contratação de empréstimo consignado).
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024
NOTA DE ESCLARECIMENTO DA APLB SINDICATO
NOTA
DE ESCLARECIMENTO
APLB
Sindicato dos trabalhadores e Trabalhadoras em educação do Estado da Bahia, com
72 anos de luta na defesa dos trabalhadores em educação e da educação pública,
gratuita, isonômica, e de qualidade, nesse ato representada pela Delegacia
Sindical do Ouro com sede na cidade de Jacobina-BA, esclarece aos estudantes,
pais, responsáveis e toda a sociedade, bem como questiona ao poder público
municipal de Jacobina, fatos aludidos na “Nota Oficial” de autoria do poder
público municipal na rede social Instagram @prefeiturajacobina
no dia 05 de janeiro de 2024, pós ato de
manifestação dos trabalhadores e trabalhadoras da educação em defesa das
garantias institucionais e jurídicas que vêm sedo negligenciadas pelo prefeito
municipal.
Lamentamos,
profundamente, o fato de a Prefeitura Municipal de Jacobina, em sua segunda “Nota
de Esclarecimento”, lançadas sempre imediatamente posterior às manifestações
dos profissionais da educação, em 09/11/2023 e 05/02/2024, respectivamente, demonstrando
avidez para rebater as centenas de vozes
dos servidores públicos nas ruas, deixar de aproveitar seus canais e instrumentos
de comunicação para explicar à população jacobinense a situação dos demais itens
da pauta de reivindicação para o ensino público no município, como:
fornecimento de alimentação escolar com qualidade e em quantidade satisfatória,
transporte escolar seguro e sem descontinuidade, fardamento escolar, materiais
pedagógicos de qualidade e em quantidade satisfatória, adequação dos espaços de
aprendizagem mediante realização de obras de infraestrutura e conclusão das que
foram iniciadas há muito tempo, climatização dos ambientes de aprendizagem, fornecimento
de EPI’s e materiais de limpeza em quantidade adequada e de forma regular, realização
de repasses das contribuições previdenciárias e assistenciais à JACOPREV,
garantia do tempo para planejamento das atividades pedagógicas, transparência
na gestão dos recursos e processos da Educação, entre outros.
O
vácuo deixado pela PMJ mediante a falta de abordagem dos assuntos acima demonstra
desconsideração destes como ações estratégicas essenciais para o alcance do
sucesso nos processos de educação de nossos munícipes, bem como para
valorização de quem serve ou serviu ao município no desenvolvimento desta
indispensável política pública, que é a promoção de ensino público de qualidade
de forma isonômica. Dito isto, vamos aos fatos narrados na NOTA OFICIAL:
Afirma
a NOTA que “o município já empenhou mais de 91% do FUNDEB para pagamento de
salário dos professores”.
Como
ponto de partida, informamos que, no ano de 2021, primeiro ano da gestão do
atual prefeito, o percentual da folha de pagamento de profissionais da educação
foi consolidado em 78,52%, conforme dados da prestação de contas da própria
gestão, publicada no Sistema de Informações Sobre Orçamentos Públicos em
Educação (SIOPE) e no Tribunal de Contas dos Municípios (E-TCM). Já no
exercício de 2022, segundo ano da atual gestão, foi aplicado um reajuste de
33,24% do Piso do Magistério – percentual referente ao ano 2020 e 2021, sem
reajustes devido ao congelamento de salários de servidores do magistério pelo
Governo Federal – somadas as publicações de processos de progressões de
carreira para alguns servidores, elevou o custo total da folha de pagamento com
os profissionais da educação para o percentual de 70,39%, ou seja, apresentando
uma queda significativa (o que é positivo) mesmo com garantia dos referidos
reajuste e publicações.
Em
2023, do reajuste de 14,95%, a gestão concedeu apenas 10%. Neste mesmo ano, segundo
a NOTA, o índice da folha chegou a 91% dos recursos do FUNDEB. No entanto, o
percentual informado pela própria Prefeitura Municipal de Jacobina aos órgãos
de controle foi de 95,40%, percentual consideravelmente maior do que o anunciado/estimado
na NOTA OFICIAL. Fato que, por si, nos chamam a atenção, já que nos órgãos de
controle externo citados acima, SIOPE e E-TCM, o percentual de despesa com
folha de pessoal informado diverge do divulgado pela gestão em NOTA. A
veracidade das informações aqui abordadas podem ser verificadas nos endereços
eletrônicoshttps://www.fnde.gov.br/siope/demonstrativoFundebMunicipal.do?acao=atualizar&pag=result&anos=2020&periodos=-1&cod_uf=29&municipios=292460&g-recaptcha-response=
e https://e.tcm.ba.gov.br/epp/ConsultaPublica/listView.seam.
Acreditamos
que, diante do exposto, fica evidente que a gestão municipal necessita
demonstrar QUAIS SÃO OS ELEMENTOS QUE TÊM ELEVADO O CRESCIMENTO DO ÍNDICE DA
FOLHA, já que o prefeito não aplicou, em 2023, o percentual total devido aos
profissionais do magistério e, mesmo assim, nesse ano, o índice da folha foi o
mais alto na atual gestão.
Tomando-se
como referência dados da própria gestão, observa-se que, nos anos de 2021 e
2022, a folha apresentou queda, mesmo com aplicação de 33,24% de reajuste em
2022. Já em 2023, professores(as) e coordenadores(as) sentiram-se forçados a
irem às ruas em defesa dos seus salários por falta de reajuste e, mesmo assim,
a folha de pessoal da educação chegou a 95,40% dos recursos do Fundo de
Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB).
Não
estamos nas ruas ou mesmo aqui pretendendo julgar as intenções do senhor
prefeito, até porque os atos falam por si! O que queremos – e não descansaremos
enquanto faltar – é transparência, respostas convincentes, e garantia de
cumprimento da Lei Federal nº 11.738/2008, que instituiu o Piso Salarial
Profissional Nacional aos profissionais do magistério, do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos
Profissionais da Educação Básica do Município de Jacobina, Estado da Bahia,
Lei Municipal nº 1.210/2013, bem como a Lei Municipal nº 1.961/2023,
através do que o próprio prefeito autoriza a adequação da remuneração dos
trabalhadores e trabalhadoras do magistério, conforme orientação da Lei Federal.
E
como estamos falando dos gastos, não podemos deixar passarem despercebidos os
recursos capitalizados pelo município de Jacobina. Tomando-se como base o ano
de 2021, o mesmo usado para demonstrar os custos da folha de pagamento,
observa-se que o município recebeu, só da cesta do FUNDEB, o valor de R$ 59.555.053,69 (cinquenta e nove milhões,
quinhentos e cinquenta e cinco mil, cinquenta e três reais e sessenta e nove
centavos); em 2022, a captação de recursos do município chegou ao montante de
R$ 72.426.448,39 (setenta e dois milhões, quatrocentos e vinte e seis mil,
quatrocentos e quarenta e oito reais e trinta e nove centavos); já em 2023, os
valores chegaram à arrecadação total de R$ 74.101.671,48 (setenta e quatro
milhões, cento e um mil, seiscentos e setenta e um reais e quarenta e oito
centavos), conforme demonstrativo do Banco do Brasil, extraído do endereço
eletrônico <https://www42.bb.com.br/portalbb/daf/beneficiario,802,4647,4652,0,1.bbx>. Além disso, para o ano de 2024, já está
garantido, conforme Portaria Interministerial nº 6 de 28/12/2023, no mínimo, o
montante de R$ 85.218.104,58 (oitenta e cinco milhões,
duzentos e dezoito mil, cento e quatro reais e cinquenta e oito centavos).
Alertamos
que os valores acima são referentes apenas aos recursos que compõem a Cesta do
FUNDEB. Além dos aportes financeiros já destacados, o município ainda conta com
outras fontes de recursos federais e estaduais, tendo recebido em 2023, por
exemplo, os valores que seguem:
a) R$
816.299,91 (oitocentos e dezesseis mil, duzentos e noventa e
nove reais e noventa e um centavos) como transferência do Fundo Nacional da
Educação (FNDE) para o Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PENATE);
b) R$
1.208.960,86 (um milhão, duzentos e oito mil,
novecentos e sessenta reais e oitenta e seis centavos) de recursos para
implementação da Escola em tempo integral;
c) R$ 537.300,00 (quinhentos e trinta e sete mil e trezentos
reais) oriundos do Plano de ação articulada; e
d) R$
1.770.900,17 (um milhão, setecentos e setenta mil, novecentos reais e dezessete
centavos) de Cota Estadual.
Importante
enfatizar que, além desses recursos, ainda existe a contrapartida de todos os
impostos municipais chamados de Manutenção do Desenvolvimento do Ensino (MDE),
correspondente a 25% dos recursos municipais. Tendo em vista o porte da cidade
de Jacobina com o seu potencial comercial e uma multinacional, o MDE contribui
de forma significativa na captação de recursos para a educação.
É
diante dessa realidade que a APLB Sindicato de Jacobina está nas ruas
denunciando as condições da estrutura das escolas municipais, a precária
situação dos transportes escolares, a qualidade da alimentação escolar ofertada
aos alunos, a falta de reajuste dos trabalhadores, entre outros tantos itens
importantes. Diante de tudo aqui evidenciado, solicitamos da gestão municipal
esclarecimento a toda população e a verdadeira justificativa de tais problemas,
uma vez que, apesar de as dificuldades não serem relatadas exclusivamente em
Jacobina, também é verdade que municípios de sua micro e macrorregião, que
possuem aportes de recursos 2 ou 3 vezes menor, já encontraram formas de
ajustarem suas contas e cumprirem compromissos com os trabalhadores e
trabalhadoras da educação.
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quinta-feira, 4 de janeiro de 2024
Piso do Magistério em 2024 será de R$ 4.580,57 - Entenda o novo percentual
O piso é o valor abaixo do qual a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não poderão fixar o vencimento inicial das carreiras do magistério público para a jornada de 40 h semanais.
O valor do Piso do Magistério em 2024 será de R$ 4.580,57, conforme a Portaria Interministerial MF/MEC no 7, publicada em edição extra do Diário Oficial da União, de 29/12/2023, que atualiza as estimativas de custos per capita do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), para o ano de 2023.
De acordo com o parágrafo único do art. 5o da Lei Federal no 11.738/2008, a atualização do piso salarial profissional nacional do magistério público da educação básica é definida pela diferença percentual do Valor Aluno Ano do Ensino Fundamental Urbano – VAAF do Fundeb, de dois anos anteriores. (veja abaixo).
Queda no valor, entendendo os motivos
Em 2023, as receitas do Fundeb sofreram forte retração em função da medida eleitoreira do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que preferiu desonerar o ICMS sobre combustíveis, energia, comunicações, transporte e outras atividades e serviços prestados em âmbito dos estados e municípios, ao invés de alterar a política de preços da Petrobras e de reduzir o apetite do acionistas da empresa.
Essa medida irresponsável, que não impediu a derrota do ex- presidente nas urnas em 2022, resultou na aprovação da Lei Complementar no 194/2022, que por sua vez reduziu drasticamente o financiamento das políticas públicas de educação, saúde, entre outras áreas sociais. Em âmbito do Fundeb, as receitas que haviam crescido mais de 33% em 2021, e quase 15% em 2022, despencaram para pouco mais de 3% em 2023, tendo se recuperado um pouco mais no último quadrimestre do ano passado.
A estimativa do VAAF, em agosto, projetava a atualização do piso em 1,62% para 2024, com crescimento de receitas do Fundeb em 1,99%. Nesta última estimativa, publicada em 29/12/23, houve uma pequena melhora nos indicadores do Fundeb e do piso salarial do magistério, conforme seguem abaixo:
VAAF FUNDEB 2022 = R$ 5.129,80
Valor do Piso do Magistério em 2024 = R$ 4.580,57
Embora o critério de atualização do piso esteja sendo alvo de ações judiciais em várias localidades, numa tentativa para não cumprir os reajustes de 2022 e de 2023, vale destacar que a Procuradoria Geral da República ingressou com nova Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI no 7516) no Supremo Tribunal Federal, agora pedindo a plena vigência do critério de atualização do piso e a aplicação dos percentuais de 33,24%, em 2022, e de 14,95%, em 2023, nos termos do § único do art. 5o da Lei no 11.738/2008. A CNTE espera que o STF acate o pedido da PGR e mantenha seu histórico de defesa da lei do piso do magistério, que por duas vezes foi julgada constitucional pela Corte maior brasileira (ADIs 4.167 e 4848).
E sendo que esse novo julgamento é essencial para manter a segurança jurídica do piso, que foi praticado na maior parte do país, em 2023, ao valor de R$ 4.420,55, independentemente da luta por sua vinculação aos planos de carreira da categoria.
Paralelamente a essa disputa jurídica, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), passou a reintegrar o “Fórum permanente para acompanhamento da atualização progressiva do valor do piso salarial nacional para os profissionais do magistério público da educação básica”, previsto na estratégia 17.1 do atual Plano Nacional de Educação (Lei 13.005/2014) e que havia sido desativado durante o governo anterior.
Além de pleitear a vinculação da atualização anual do piso do magistério à reposição inflacionária e a um percentual extra de ganho real (inflação + ganho real), com o intuito de evitar situações como as que ocorreram em 2021, em que o piso não teve reajuste, e em 2024, quando a reposição anual ficará abaixo da inflação, a CNTE também luta pela vinculação do piso nacional às carreiras de magistério em todo o país e por sua extensão aos demais profissionais da educação.
Sobre as pautas em discussão no Fórum do Piso, que congrega, além da CNTE, o MEC, o Consed e a Undime, ainda não houve definição de uma proposta que contemple as pautas da CNTE, razão pela qual o MEC se comprometeu em publicar o anúncio do piso para 2024 baseado no atual critério da Lei no 11.738. Quanto ao piso para os demais profissionais da educação, a CNTE tem pressionado pela aprovação do PL no 2.531/2021, que tramita na Câmara dos Deputados.
Orientação
Tal como aconteceu em 2021, quando o percentual de reajuste do piso foi 0% e a inflação medida pelo INPC ficou em 10,16%, a CNTE orienta suas entidades filiadas e demais sindicatos que representam os/as trabalhadores/as da educação básica pública a requererem junto às administrações públicas a reposição da inflação (em novembro o INPC registrou alta de 3,85%) e de preferência com ganho real. Apesar de a Lei do Piso definir o percentual de 3,62%, para 2024, nada impede que os vencimentos de carreira nos estados, DF e municípios superem a referência mínima nacional, especialmente à luz do art. 2o § 1o da Lei no 11.738, assim disposto:
“O piso salarial profissional nacional é o valor abaixo do qual a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não poderão fixar o vencimento inicial das Carreiras do magistério público da educação básica, para a jornada de, no máximo, 40 (quarenta) horas semanais.”
A CNTE aguarda o anúncio do MEC sobre a atualização do piso do magistério – válido a partir de 1o de janeiro de 2024 – e, desde já, reitera seu compromisso em defesa do piso, da valorização das carreiras dos profissionais da educação e da qualidade da educação pública para todos/as.
Via: CUT (https://www.cut.org.br/noticias/piso-do-magiste-rio-em-2024)
terça-feira, 5 de dezembro de 2023
APLB-Sindicato Zonal do Ouro realiza Assembleia para tratar sobre o Reordenamento da Rede de Ensino de Jacobina-BA
Na
última sexta-feira, 01, a APLB-Sindicato Delegacia Zonal do Ouro – Jacobina promoveu,
no auditório do próprio Sindicato, o encontro entre a Secretaria da Educação e
Cultura e os(as) Profissionais do Magistério que atuam na Educação Infantil e
nas Séries Iniciais da rede de ensino público municipal.
A
professora e diretora da APLB-Sindicato, Maria da Glória, recepcionou os(as)
servidores(as) do magistério municipal destacando a finalidade e necessidade de
a gestão municipal garantir determinação da lei federal 11.738/08, concedendo a
carga horária para planejamento aos professores de todos os segmentos de ensino.
Em seguida, passou a palavra ao professor e Vice-diretor, Robson Lima, o qual
também avaliou o momento como de grande importância para permitir aos (às)
Profissionais do Magistério da Educação Infantil e Séries Iniciais ampliar
conhecimento acerca do processo de reordenamento, uma vez que o mesmo já foi debatido
em uma outra fase, e que também é de fundamental importância o diálogo direto
dos(as) professores(as) com a Secretaria Municipal da Educação e Cultura, a
quem cabe executar o processo, tendo a APLB-Sindicato apenas como fiscalizadora
do mesmo. Ainda pela diretoria, a professora Daniela Lima reforçou a vigilância
exercida pelo sindicato, através da atuação de seus membros, sempre com a
preocupação de zelar pela lisura do processo.
Mediada pela Diretoria da APLB, a reunião teve
como principal objetivo oportunizar o debate do grupo de docentes com a
Comissão de Reordenamento sobre a implementação da reserva técnica para
professores e professoras dos segmentos supra, mediante destinação de 2/3 da carga
horária do(a) professor(a) para atividades de planejamento e interação com a
comunidade escolar, a fim de alcançar pleno êxito na realização deste anseio
antigo de trabalhadores e trabalhadoras em educação, que é também um dos itens
de valorização da carreira do magistério, bem como uma das condições
primordiais para a qualidade do ensino, alívio dos impactos físicos e psicoemocionais
dos (as) professores(as), cujos benefícios são legitimados pela Lei Federal nº
11.738/08.
Para
tanto, o espaço foi cedido à Comissão de Reordenamento, formada pela Secretaria
Municipal da Educação e Cultura, com designação do professor, mestre, dirigente
sindical e técnico responsável, Gilvando Oliveira, representantes da SMEC,
professora Daniela Nunes, da Diretoria do Financeiro, professor Kleber
Vasconcelos, da Diretoria de Ensino e Apoio Pedagógico, representante do
Conselho Municipal de Educação, professora Luciana Santana, membros da APLB
Zonal do Ouro, professora Daniela Lima e o professor e vice-diretor da APLB,
Robson Lima.
O
professor Gilvando fez breve explanação contextualizando as fases de implementação do Piso Salarial
Nacional do Magistério, ocorrido após promulgação da Lei Federal 11.738/2008, e
que também instituiu a reserva técnica aos profissionais do magistério,
destacando que, à época, os coeficientes do reajuste foram aplicados a
professores e professoras que, em maioria, possuíam apenas a formação inicial,
em nível médio, obtida nos cursos de Magistério, e que, posteriormente, esse
cenário vai sendo modificado com a crescente qualificação destes(as)
profissionais em cursos de Graduação e pós-graduações, bem como por realização
de cursos de aprimoramento na função e demais avanços de carreira.
Assim,
o professor conclui que, em dada medida, é razoável considerar as dificuldades
que os entes públicos municipais têm sustentado como obstáculos para conceder o
piso de forma integral e promover os avanços de carreira aos(às) profissionais
do magistério não apenas em Jacobina, mas em diversos municípios do país.
Por
outro lado, o professor Gilvando destacou a ascendência nos repasses
constitucionais ao longo dos anos, bem como a necessidade de os municípios
adotarem medidas administrativas que levem ao ajustamento de suas receitas e
despesas, a fim de que as condições se tornem favoráveis à garantia de piso e
carreira aos(às) profissionais do magistério, assim como para promover
valorização aos demais profissionais da educação.
Por
isto, explica o professor e líder da Comissão, é necessário que o município
realize o reordenamento de sua rede de ensino, como tem sido feito em diversos
outros, no intuito de atingir a média de estudantes por turma definida pelo
FNDE, que é de 20 a 22, reforçando que isto não significa o descumprimento da
portaria de matrícula, tornando possível, assim, o equilíbrio financeiro
necessário para suprir as despesas da educação, uma vez que é o valor destinado
a cada estudante, atualmente, em R$ 5.212,09, que se constitui como base de
cálculo para as transferências e repasses constitucionais ao Fundo de
Desenvolvimento da Educação Básica - FUNDEB.
O
professor Gilvando Oliveira explicou a metodologia dos trabalhos que vêm sendo
realizados pela Comissão desde o mês de maio do ano em curso. Projetando uma
das tabelas como ilustração das propostas elaboradas para cada unidade escolar,
o professor apresentou, com riqueza de detalhes, como era a composição das
turmas e como estas ficarão após a execução dos ajustes, como será garantida a
reserva técnica a todos(as) os(as) professores(as) da Educação infantil e
Séries Iniciais, destacando, ainda, a igualdade na responsabilidade das
professoras que assumirão a mesma turma com os processos de planejamento e
acompanhamento às crianças. No entanto, deixou claro que as atribuições de
profissionais auxiliares da educação infantil não se confundirão com as de
regente de classe.
Membro
da Comissão representando a Secretaria Municipal da Educação e Cultura, a
professora e Diretora do Financeiro, Daniela Nunes, justificou que o
reordenamento, apesar de ter sido iniciado já no mês de maio do ano em
vigência, foi demonstrando diversos pontos a que a SMEC percebeu serem dignos
de atenção, e que tudo o que tem sido construído pela Comissão até o momento
aponta a possibilidade de iniciar a fase de execução do reordenamento da rede
de ensino no início do ano 2024, quando haverá disposição de dados mais estáveis
para todo o ano e a possibilidade de atuar com a rede em funcionamento pleno.
Também
pela Comissão, o professor e Diretor de Ensino e Apoio Pedagógico, Kleber Vasconcelos,
esforçou-se para explicar dúvida frequentemente localizada entre as professoras
da Educação Infantil a respeito das Funções e atribuições de professores(as)
que vêm sendo denominados(as) “P1” e “P2”, bem como sobre o expediente de cada
um(a), considerando também a atuação do(a) Auxiliar de Sala, e o que fazer nas situações
de ausências de profissional por longo período, com atestado médico, necessidade
de reservar horário de almoço, entre outras.
No
transcorrer das explanações, algumas professoras arguiram os membros da
Comissão citados, questionando a eficácia das mudanças decorrentes do
reordenamento – cujos efeitos sinalizam a necessidade de suspensão do “turnão”
para professores e permanência de apenas um Profissional do Magistério e um Auxiliar
Administrativo em cada sala – no tocante ao impacto financeiro. Tais
questionamentos geraram um debate acalorado e, ao fim, ficou entendido que o
processo não cuidará de dar prioridade ao que não se encontra com respaldo
legal. Além disso, cada unidade de ensino terá o seu momento de envolvimento na
proposta de organização de seu quadro funcional in loco, bem como caberá
a cada unidade de trabalho propor a melhor organização de seus expedientes.
domingo, 12 de novembro de 2023
DIA E DA EDUCAÇÃO EM JACOBINA REÚNE CENTENAS DE TRABALHADORES/AS EM DEFESA DE MELHORIAS NA EDUCAÇÃO
Após assembleia realizada em outubro na sede da APLB Sindicato, onde ficou definida uma paralisação das atividades educacionais no dia 09 de novembro de 2023. Na última quinta-feira, aproximadamente 300 profissionais docentes e não docentes, pais, mães, responsáveis e estudantes reuniram-se na Praça 2 de julho para celebrarem o dia E, da educação, a fim de reivindicar melhorias no setor. A partir de lá, marcharam pelas ruas de Jacobina pedindo melhorias na Jacoprev, no transporte escolar, na infraestrutura das escolas, na oferta de ensino, no fardamento escolar, material didático em quantidade suficiente, valorização profissional e alimentação escolar em quantidade e com qualidade, sobre este último ponto, é sabido que o município terceirizou o serviço de fornecimento, o que gerou grande precarização no serviço, resultando por vezes na liberação antecipada das aulas por não haver alimentação escolar em quantidade suficiente para todos/as estudantes. Tornou-se comum, gestores/as escolares fazerem arranjos e retirarem recursos do próprio bolso para complementar um ingrediente ou outro e desse modo manter as aulas.
Outro ponto da pauta da reivindicação foi a infraestrutura das escolas do município, as reformas foram iniciadas em várias unidades escolares e infelizmente, não foram concluídas em algumas dessas unidades, o que tem acarretado uma série de transtornos para a comunidade escolar que depende de tais espaços. Um dos maiores problemas está relacionado às altas temperaturas que tem acometido a população ultimamente, devido às obras inacabadas, as salas forradas para a climatização, somado a retirada dos ventiladores, culminaram em momentos de suor pingando e interferências nítidas no foco e concentração dos/as estudantes, bem como fadiga e cansaço dos/as professores/as. Vemos com bons olhos a intenção da climatizar as escolas, infelizmente a não efetivação tem gerado prejuízos inesperados.
Outro
ponto da pauta de reivindicação foi o transporte escolar. Centenas de
estudantes, tem sido prejudicados/as pela descontinuidade na prestação do
serviço de transporte escolar. Não raro, uma ou mais linhas de uma mesma
localidade não cumprirem os itinerários, seja por que o carro está quebrado,
seja por que os trabalhadores que prestam serviço para a cooperativa
responsável pelo fornecimento do transporte estão fazendo greve para poderem
serem pagos, direito básico de qualquer trabalhador/a. Fato é, que as
constantes ausências do transporte se agravou no ano de 2023, atrapalhando
inclusive, o fechamento da nota de alguns/algumas estudantes na segunda
unidade.
Ainda,
foi pauta da paralisação a Jacoprev, que é uma autarquia responsável pela
previdência e pelo plano assistencial dos/das servidores/as municipais. O
município de Jacobina desde a criação da autarquia em 2001, vem acumulando dívidas
e recorrendo a parcelamentos constantes para a quitação destas, o que impacta no gerenciamento da
autarquia. A gestão atual renovou parcelamentos antigos e não tem cumprido com
os repasses referentes aos valores acordados, o que tem piorado a situação da
Jacoprev, comprometendo assim o pagamento do salário dos inativos/as.
Também,
foi pauta da paralisação a falta de material didático, no mês de setembro
algumas escolas tiveram um déficit até mesmo de folhas de papel sulfite
(ofício), outro ponto é o fardamento escolar, que embora prometido ainda não foi entregue aos
mais de 11 mil estudantes da rede municipal. Importante salientar também, que a
oferta de ensino, principalmente na educação infantil foi cobrada na
paralisação, bem como a valorização dos profissionais docentes. Lamentavelmente, o reajuste de
14,95% referente ao piso nacional do magistério, não foi concedido na
integralidade, a APLB Sindicato acordou com a gestão municipal o pagamento
parcelado do percentual, sendo 10% concedido em abril, os 4,95% restantes seriam concedidos em outubro, o que infelizmente, não aconteceu. Segue em aberto também, o retroativo do reajuste de janeiro a março, com prazo em aberto previsto em
lei municipal para pagamento até dezembro.
Importante
ressaltar para quem espalha desinformação, o reajuste anual, se dá por força da
lei federal 11.738/2008, que instituiu o piso nacional do magistério, um
dispositivo mais que justo e necessário para valorizar a carreira do
profissional com a maior função social do país, que é o compartilhamento do
conhecimento. É lamentável que 15 anos após a lei do piso estar em vigência,
ainda precisamos enquanto classe estar lutando, inclusive nas ruas, por um
direito básico de pessoas que trabalham duramente, estudam arduamente e de modo
continuado para oferecer uma educação pública de qualidade, lutando por
progressões na carreira que nos são garantidas em lei e permanecem paradas em
setores administrativos que atravancam nossos avanços profissionais.
A APLB Sindicato sempre seguirá na luta em defesa da classe trabalhadora e da educação como um todo. Desse modo, não aceita qualquer ataque ao papel dessa instituição, e repudia veementemente, falas errôneas e recheadas de equívocos proferidas pelo radialista João Batista em um programa de rádio local, falas estas que tentavam descaracterizar e deslegitimar a nossa manifestação do dia 09, antes mesmo desta acontecer. Tal manifestação representou exclusivamente, o anseio da classe e de parte da sociedade que ainda se importa com a educação. Respeitamos o direito à liberdade de expressão, que no entanto, em nada se assemelha a pessoas despreparadas com acesso e audiência nos meios de comunicação para promover difamação e ódio gratuito. Esta instituição a quem o supracitado radialista nomeou acéfala, tem mais de 70 anos de história, luta e mais cérebro do que os limites do intelecto reduzido dele poderia conceber. Nossa bandeira foi, é, e sempre será a educação.
Assim, de igual modo, repudiamos também, um card de autoria desconhecida que foi disseminado através de grupos de WhatsApp, contendo a foto de parte das pessoas que compõe a atual diretoria da APLB Sindicato juntamente com a suposta evolução salarial dos/das dirigentes de 2020 para 2023. Primeiro, é importante salientar que dirigentes sindicais desenvolvem um trabalho voluntário, não tendo qualquer vantagem ou diferencial monetário dos demais colegas da carreira, ao contrário ficam muitas vezes para trás na busca por avanços, uma vez que estão sempre muito ocupados/as ofertando seu tempo ao trabalho e à luta sindical, o que lhes priva do tempo para a dedicação aos estudos.
Segundo, o salário de qualquer funcionário público é informação pública, contudo, associar a nossa imagem a tais informação é leviano e criminoso. Somos profissionais de carreira com 10, 15 e até mesmo 20 anos de trabalho, que se tivessem alcançado todas as progressões de carreira pleiteadas, certamente teriam um salário mais digno que o exposto no card. Ainda, os/as dirigentes sindicais assim como demais profissionais docentes, são pessoas que estudam e seguem em constante renovação com especializações, cursos de aperfeiçoamento, mestrados e afins. Logo, é leviano usar a carreira profissional de um/uma professor/a para tentar colocar a sociedade e a própria classe contra este/esta.
Portanto, diferente do que algumas pessoas desocupadas querem propagar por aí, professores/as são trabalhadores/as que desenvolvem suas atividades tanto na escola quanto em casa, acumulando funções e absorvendo problemas que sequer lhe são inerentes. Inseridos/as em uma profissão adoecedora, no caso de Jacobina, sendo-lhes negado inclusive, o direito ao benefício da licença-prêmio, imersos/as em uma atmosfera cansativa e ambientes que não fornecem o básico da infraestrutura e material didático para o desenvolvimento pleno das atividades pedagógicas. Servindo de psicólogos/as infantis, enquanto seguem sem tempo para cuidar da própria saúde mental, são pessoas ocupadas e trabalhadoras que merecem respeito.
Assim, reiteramos nosso compromisso com a educação e não toleraremos covardes que
incapazes de sair a luz do debate democrático, escondem-se atrás de cards
disseminados de modo sorrateiro e indecente, na tentativa de associar o
trabalho que desenvolvemos no sindicato de modo voluntário, a vantagens e
ganhos pessoais. Todo e qualquer direito e evolução salarial que obtemos na
nossa carreira enquanto professores/as, se dá por força da lei 11/738/08, por conseguinte,
qualquer narrativa oposta a isso é um delírio ludibriante de quem não tem
capacidade, criatividade e inteligência para o debate público e democrático.
Somos trabalhadores/as idôneos/as, nossa bandeira foi, é, e sempre será, a
educação. Exigimos respeito!
Agradecemos
a presença de todos/as no dia E da educação, lembremo-nos sempre que esta é a
nossa maior bandeira, por isso lutamos, vivemos e acreditamos. Vai ter luta sim
e vai ter luta sempre!
terça-feira, 24 de outubro de 2023
APLB– Sindicato Delegacia Zonal do Ouro realiza Assembleia com Profissionais da Educação do município de Jacobina-BA
No último dia 20 do ano e mês em curso,
profissionais em educação das escolas de todo o município, sede e distritos, associados e não associados,
reuniram-se em assembleia convocada pela APLB-
Sindicato, a fim de apreciar e deliberar sobre os assuntos de pauta
sensíveis e frequentemente tratados em todos os momentos de diálogo do município com esta entidade
representativa dos interesses dos trabalhadores e trabalhadoras em educação,
a saber:
(I)
Problemas de descontinuidade do transporte
escolar;
(II)
Problema no fornecimento da merenda escolar;
(III)
Falta de insumos
e material pedagógico de qualidade;
(IV)
Conclusão de obras e serviços
em prédios escolares;
(V) Ampliação de matrículas e atendimento de crianças em unidades de educação infantil;
(VI) Ausência de planejamento financeiro para pagamento do Piso Salarial Profissional aos Servidores do Magistério, em sua integralidade;
(VII) Adequação das despesas da educação
às receitas do município;
(VIII) Regulamentação do reajuste salarial
aos profissionais da educação não docentes; e
(IX)
Reordenamento da
rede de ensino para garantia
da reserva técnica,
economicidade, qualidade de ensino e criação
de condições de valorização da
carreira dos (as) profissionais em educação.
Diante das informações prestadas pelo
município, especialmente na reunião ocorrida aos dias 17 deste, sob direção do senhor Prefeito Tiago Dias,
acompanhado do Secretário da Educação e Cultura, senhor Celso de Jesus Santos, da Secretária de Finanças,
senhora Elania Maria dos Reis Oliveira, da senhora Maria Alzete Santana, da Controladoria Interna
do Município, com participação, ainda, da equipe de Assessoria Jurídica, representada pela
senhora advogada Alessa Jambeiro Vilas Boas e o senhor advogado Lucas Araújo Dias, e equipe da GRADUS ASSESSORIA E CONSULTORIA CONTABIL SOCIEDADE SIMPLES, prestadora de serviços ao
município, a Assembleia concluiu a
falta de atenção ao tópicos de constante
reivindicação expõe um quadro crítico, gerando prejuízos irreparáveis às
comunidades escolares e à sociedade
desde o início do ano letivo, por ocasionarem problemas que comprometem
diretamente o atendimento, a qualidade
do ensino, e o resultado da educação
neste município de Jacobina.
Em função do exposto, os (as)
trabalhadores (as) em educação, em respeito aos pais e estudantes e considerando que estes estarão
realizando avaliações institucionais nos próximos dias, deliberaram
por explanação destes problemas aos pais nas unidades de ensino em que
trabalham, na sede e nos distritos, a partir da próxima segunda-feira, 23, com o objetivo de socializar os problemas supracitados e, especialmente,
mostrar-lhes a necessidade de conclamar o Poder Público para adotar as medidas
necessárias e urgentes que possam
promover a sua efetiva resolução. A assembleia definiu, ainda, que nos
primeiros 10 (dez) dias do mês de novembro
do ano em curso, a APLB-Sindicato deverá
definir um dia de paralisação geral
das atividades pedagógicas nas escolas para manifestação pública
das classes de trabalhadores(as) em educação, nas ruas e em veículos de comunicação, sobre os já conhecidos problemas.
Quanto aos assuntos dos tópicos VI e VII, assim como fora claramente sinalizado na última reunião por esta Diretoria Sindical, a Assembleia concluiu que o município de Jacobina está na iminência de agir para causar sérios e irreversíveis danos à carreira dos Profissionais do Magistério ao sinalizar descumprimento da Lei Federal nº 11.738/08, que institui o piso salarial profissional aos servidores do magistério público, que determina sua concessão desde 1º de janeiro de cada ano, assim como sugere descumprir a Lei Municipal nº 1.961/23, pelo que, através de diálogo e acordo com esta entidade representativa dos interesses dos servidores da educação pública municipal, buscou-se atender à norma federal determinando o reajuste de forma parcelada e com garantia de realização das parcelas residuais/retroativas, a fim de fazer a devida adequação da remuneração dos servidores do magistério público municipal ao Piso Salarial Profissional Nacional.
Assim, a Assembleia concluiu que é inaceitável a negação do que é direito dos trabalhadores e trabalhadoras em educação, mediante eventual não efetivação do Piso, fundamentado em simples projeção de impacto financeiro da empresa citada, cuja aplicação JAMAIS DEIXOU DE SER FEITA aos servidores do magistério público de Jacobina. Portanto, a Assembleia deliberou formação de uma comissão, com participação de servidores públicos da educação de diferentes unidades de trabalho, para análise das folhas analíticas fornecidas pela gestão municipal, e buscar, junto a profissionais/empresa e órgãos públicos competentes, (i) realização de auditoria das contas referentes ao financiamento da educação pública do município de Jacobina e (ii) organizar e executar calendário de luta por cumprimento dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, com paralisações e manifestações à sociedade e aos órgãos públicos competentes para zelar pelo cumprimento das leis.
A solicitação de regulamentação do reajuste
concedido aos servidores não docentes também
é uma demanda que tem sido constantemente levada aos debates em reuniões
como de extrema necessidade de
cumprimento, a fim de se evitar erosão financeira na valorização destes
servidores no decorrer do tempo, bem
como evitar futura supressão de direito concedido pela fragilidade do
dispositivo legal com o que o reajuste foi instituído.
Quanto ao Reordenamento da Rede de
Ensino Público, que vem sendo desenvolvido nas
escolas do município desde maio deste, a Assembleia compreende as razões
e necessidades de sua execução e mantem-se
esperançosa de que esta ação, junto a outros ajustes
possíveis e necessários, possa fazer surgir
as condições econômicas,
materiais e estruturais para os desejados avanços no ensino público, em
especial, no município de Jacobina.
Destarte, a APLB-Sindicato reafirma incessante compromisso em lutar,
tendo como premissa o tratamento com urbanidade e diálogo permanente, pelo efetivo cumprimento das leis que regem a educação, por meio da busca pela oferta de educação
pública e de qualidade às pessoas que dela necessitam sem renunciar à valorização contínua
dos profissionais que atuam para promover o ensino e o consequente desenvolvimento cultural, econômico e social em nosso município.
A APLB-Sindicato mantem-se na posição de
vanguarda pela garantia de acesso à escola pública
de qualidade bem como dos direitos dos (as) Profissionais da Educação. Pela
dignidade dos(as) trabalhadores(as) em educação, VAI TER LUTA SEMPRE!